O SOL, IMPÁVIDO COLOSSO – Maria Cristina Mallet Porto
Academia Caxambuense de Letras
O sol, impávido colosso
por: Maria Cristina Mallet Porto
O mundo, como chamamos a somatória de continentes, oceanos, mares, rios, montanhas, desertos, minerais, vegetais, animais e por fim nós, a humanidade, nunca esteve em Paz! Os conflitos de todos os tipos, dos menores aos maiores, sempre se fizeram presentes em toda a história civilizatória, por ciclos, eras, éons de vida neste Planeta! É claro que simultaneamente, houve um processo de desenvolvimento criativo, pela diversidade de saberes, das artes, da ciência, das diferentes culturas representativas de seus povos e nações!
Não sou uma especialista em ciências econômicas ou sociais, ou em filosofia, mas até onde posso alcançar, entendo que desde há muito, vimos trilhando caminhos construídos sobre bases equivocadas, conceitos errôneos. Perdemos a referência de nossa origem espiritual e caímos de boca no materialismo. Fomos nos desconectando dos princípios morais, éticos, dos valores universais e humanos , porque o ter sem limites, foi ocupando os espaços do ser eterno! Temos estado perplexos diante de tantas barbaridades, horrorizados com as crueldades praticadas, com a corrupção crescente, o preconceito sob todas as óticas e a impiedosa indiferença aos mais necessitados, desamparados, e porque não, alguns ainda massacrados.
O chamado “mal” vem inteligentemente invadindo nossas casas, escolas, locais de trabalho, praças, clubes, praias, incutindo e incentivando a indústria do medo, da violência, intimidando, distorcendo as informações, desmontando a Educação e a Cultura, ameaçando, e aparentemente vencendo , nos fazendo acreditar que esta é a realidade. Quiseram nos dar o senso de normalidade para o “horror”. Temos sido violentados todos os dias, e desta forma, fomos nos calando, descrentes, acuados e “emburrecidos”.
Mas muitas vozes não se calaram e não emudeceram. Muitas consciências estão atentas. Ainda há entre nós os que não perderam o discernimento e a visão crítica. Há entre nós e não somos tão poucos, os bravos guerreiros do bom combate, persistentes, corajosos, resistentes, que mesmo com tantas nuvens e tempestades, não perdemos a confiança no amanhecer. Tudo o que hoje vemos, sempre esteve aí, mas andava camuflado, como uma doença incubada e que agora eclode e se mostra.
Este é o lado bom, porque agora, quando nada mais se esconde, começa a possibilidade da cura. Precisamos olhar para nossas sombras, curar nossas dores e quedas para reconstruir nossas relações e nosso estar no mundo, reconectando com a essência perdida, que é Luz! Podem vir as nuvens, as tempestades! Vamos reaprender a olhar para o Céu e lembrar, saber, ver que o SOL se faz presente, por detrás e acima de tudo.
Este Sol que nos dá e que sustenta a Vida desde sempre.
Seguimos até que o verdadeiro Homem ressurja e cumpra a tarefa que lhe foi dada!
Academia Caxambuense de Letras – novembro de 2024
Cristina, excelente dia!
Como é bom te ouvir ou ler seus escritos, sempre muito lúcidos e pertinentes.
Vivemos dias bicudos, em que a esperança e o amor pelejam diariamente para fincarem o pé nos corações e mentes, por vezes cansados, da humanidade.
Sigamos com fé e trabalhando, cada um, na sua missão!
Uma hora o jogo vira…
Que texto bem escrito por palavras verdadeiras.
Gostei muito. Como sempre, Maria Cristina, você escreve muito bem seus conhecimentos.
Peço a Deus que continue a iluminando