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Billy Preston é um dos nomes mais emblemáticos e, ao mesmo tempo, subestimados da história da música popular. Compositor, cantor, pianista e organista, ele brilhou nas décadas de 1960 e 1970, tanto como artista solo quanto como colaborador de alguns dos maiores nomes da música. Sua habilidade técnica e energia contagiante ao teclado o tornaram uma figura essencial em projetos icônicos, ganhando o apelido de “Quinto Beatle” por sua marcante parceria com a lendária banda britânica.
Os Primeiros Passos
Nascido em 2 de setembro de 1946, em Houston, Texas, Billy Preston cresceu em Los Angeles, onde começou a demonstrar seu talento musical ainda na infância. Aos 10 anos, já acompanhava Mahalia Jackson, uma das maiores cantoras de gospel da época, no órgão. Seu envolvimento precoce com a música gospel moldou seu estilo vibrante e emocional, que mesclava ritmos espirituais com o swing do rock e do soul.
Aos 16 anos, Billy foi recrutado para tocar com Little Richard, uma lenda do rock and roll, em uma turnê europeia. Foi durante essa turnê, em 1962, que conheceu os Beatles pela primeira vez, em Hamburgo, Alemanha. Essa conexão inicial se tornaria crucial anos depois, consolidando Preston como uma peça-chave na evolução do som da banda.
O “Quinto Beatle”
Em janeiro de 1969, Billy Preston foi chamado por George Harrison para colaborar nas sessões de gravação do álbum “Let It Be”. A presença de Preston trouxe um frescor para a banda, que enfrentava tensões internas na época. Sua habilidade no teclado ajudou a moldar clássicos como “Get Back”, onde sua performance no órgão elétrico é essencial.
John Lennon, impressionado com o talento e a personalidade de Preston, chegou a sugerir que ele se tornasse membro fixo dos Beatles, uma ideia que nunca se concretizou, mas que demonstra o impacto que ele causou na banda. Preston foi o único músico a receber crédito nos discos dos Beatles, com seu nome estampado no single de “Get Back” como “The Beatles with Billy Preston”.
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Uma Carreira Solo de Sucesso
Paralelamente às colaborações, Billy Preston construiu uma carreira solo de destaque. Ele gravou sucessos como “Will It Go Round in Circles”, “Nothing from Nothing” e “Outta-Space”, que lhe rendeu um Grammy em 1973 na categoria de Melhor Performance Instrumental. Seu estilo misturava funk, soul e gospel, e suas performances enérgicas conquistavam plateias ao redor do mundo.
Preston também colaborou com George Harrison após o fim dos Beatles, participando do álbum “All Things Must Pass” e do concerto beneficente Concert for Bangladesh. Ele trabalhou com outros gigantes da música, como Eric Clapton, Rolling Stones e Ray Charles, solidificando sua reputação como um dos músicos mais requisitados da época.
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Legado Duradouro
A influência de Billy Preston vai além de sua habilidade técnica no teclado. Ele ajudou a moldar o som do rock e do soul em uma época de intensas transformações culturais e musicais. Sua presença ao lado dos Beatles e outros ícones da música ajudou a elevar o papel dos músicos de apoio a um novo patamar, mostrando que eles também eram protagonistas na criação de obras-primas.
Apesar de enfrentar desafios pessoais e problemas de saúde nos anos seguintes, Preston continuou a se apresentar até sua morte, em 6 de junho de 2006, aos 59 anos. Sua contribuição para a música é inegável, e seu espírito inovador permanece vivo nas canções que ajudou a criar.
Billy Preston: Mais do que um colaborador
Embora muitas vezes lembrado por suas colaborações, Billy Preston foi muito mais do que um músico de apoio. Ele era uma força criativa que influenciou a sonoridade de uma era. Seja como o “Quinto Beatle”, um astro solo ou um parceiro indispensável de lendas do rock e do soul, sua música continua a inspirar gerações e reafirma seu lugar como um dos maiores músicos do século XX.
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André Nunes
Administrador, publicitário e guitarrista apaixonado pela música, em especial pelo Rock e Blues.