AMOR DE MÃE É PARA SEMPRE
Coluna: SEGUIMENTOS - por: Antonio Trotta - Jornalista, Escritor e Poeta - 07 de maio de 2025

Leonina Carvalho dos Santos Trotta ( in memoriam ) –
Nada para ela era mais sagrado que um beijo dos filhos. Assim era o seu dia-a-dia; e o Dia das Mães não era diferente. Ansiosa, esperava. Aguardava. Espreitava o primeiro beijo e, contente, os colecionava com amor de mãe. Seu coração parecia se recarregar; ele tomava novo fôlego e suspirava feliz. Era amor materno se perpetuando, criando laços, aprofundando raiz.
Recebia cada beijo com a satisfação de uma criança que acabara de ganhar um presente. Ao ser beijada, parecia que ela desembrulhava emoções. Quando alguém demorava em cumprimentá-la, ouvia-se, de imediato, o seu pedido: “Cadê o meu beijo?”. O beijo era recebido como sua propriedade; a ela pertencia. “Vem dar um beijo em sua mãe!”, dizia-nos, lembrando quem era e o que esperava de nós, os filhos. “E o beijo da vovó?”, aguardava, convidativa, o beijo dos filhos de seus filhos. Bastava um beijo. Ao recebê-lo, retribuía com um dos seus estalados. Ao beijocarmos, aproximávamos nossas almas e nossas vidas.
O Dia das Mães se aproxima e com ele a saudade parece inquieta, desassossegada. Com jeito de dor no peito. Sufocante. Remove pensamentos estreitos, guardados a chave, dentro do coração dos filhos. Para quem não tem mais mãe, será que todo ano é assim? São lembranças, reminiscências, vontade de chorar e de rir. Desejo de abraçar e beijar, de ser beijado e abraçado.
Vou passar mais um Dia das Mães sem ela. Sem os seus beijos estalados e seu abraço apertado. Sei também que a saudade aperta e começa mesmo a doer. Mas, antes que a saudade chegue sorrateira e debruce, derramando a ausência dela sobre mim, quero afirmar que amor de mãe é para sempre. Mesmo sem podermos trocar beijos, eu sei que amor de mãe não morre. Amor de mãe persiste. Resiste. Permanece. Eterniza-se no coração do filho. Materializa-se. Tem a doçura de uma canção de ninar cantada por ela, pois amor de mãe é sem fim.
Amor de mãe, no Dia das Mães, para quem não tem mais mãe… Meu Deus, cuida de mim! Assim, como ela fazia, todos os dias, quando ainda eu nem sabia quem era aquela criatura que só me dava de si.
Só depois que se perde a mãe é que se percebe que não se consegue mensurar o amor materno. Assim como Deus, o amor de mãe é eterno. Prolonga-se para além do ventre. Cada Dia das Mães nos faz lembrar que amor de mãe é, verdadeiramente, para sempre!
Antonio Trotta – Jornalista, escritor e poeta
Lindas palavras! Seu carinho e amor com certeza chegarão até ela em alguma morada do Pai em que ela estiver. ♥️
Sim. É a minha esperança. Ela sempre me ouve em outro plano. Grato.
Mãe Mineira , teve filhos com um Italiano.todas as mães do mundo são fortes ,mas está fortaleza representam o a cultura que merecem ser espelhadas .
Verdade. Uma experiência única.
Esse belo texto do Trotta aquece a saudade que tenho por minha mãe.
Mãe é uma saudade eterna e gostosa de se viver.
Querido poeta Trotta, validarei essa mensagem para todos os dias… No meu coração, dia das mães é todo dia… Esse Ser humano Anjo, muitas vezes só é lembrada no Dia “institucionado” como das mães, esquecendo que mesmo antes da concepção ela já estava sendo mãe e nos embalando em seus braços no sonho de ser mãe. Por isso, cada palavra sua aqui nessa homenagem, cabe em cada segundo da vida de uma mãe todos os dias. Esse Amor não pode ser medido por uma única data no calendário… Sua belíssima mensagem contém essa premissa nas entrelinhas.
Abraço Cósmico!
Lindas palavras e percepção. Realmente, mãe é mãe 365 dias por ano. Grato.
Amor de mãe é um amor que acolhe, nutre e exige reciprocidade não por egoísmo, mas pela necessidade vital de fortalecer laços. Esse amor, carregado de afeto e memória, continua a pulsar mesmo na ausência física, transformando-se em saudade profunda, em um desejo eterno de reviver momentos. Linda sua mamãe….Maravilhoso texto
Grato. Amor de mãe nasce, mas nunca morre. Permanece para sempre.
Que saudade!
Mas, domingo, dê um beijo e um abraço na minha mãe por mim!
Sim mãe e pai, são para sempre, nos filhos!
As mães que já não estão fisicamente, estão presentes para sempre! São nossas mães eternamente! Bonita lembrança Antonio Trotta. Gostei de ler.