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MAIO, O MÊS PARA CELEBRAR AYRTON SENNA

O dia 1 de maio é feriado nacional por ser o “dia internacional do trabalhador”. Mas, talvez, tal data seja mais marcante no país por ter sido o dia em que nossa nação perdera o maior herói de sua história: Ayrton Senna, o piloto brasileiro tricampeão mundial de fórmula 1 e vice campeão dos campeonatos de 1989 e 1993 e que dispensa apresentações. Neste mesmo dia, em 1994, após um defeito na barra de direção de sua Williams, sofreu um acidente fatal na curva Tamburello, situada no autódromo italiano Enzo e Dino Ferrari.

Senna foi um exemplo de como o trabalho duro e o empenho trazem o sucesso, pois, sempre visava aprimorar seu talento de forma justa, sem fazer uso do “jeitinho brasileiro” para chegar ao topo. Ensinou-nos também que, independentemente da situação, a importância do ser humano deve sempre ser respeitada, vez que, sempre se mostrou preocupado com o desenvolvimento social da nação, chegando ao ponto de, no mesmo ano de sua morte, compartilhar com sua irmã o sonho particular de contribuir de alguma forma na educação de jovens e crianças brasileiros. Fato que serviu de inspiração inicial para posterior criação do Instituto Ayrton Senna, que permanece ativo até hoje. Como não bastasse, quando Ayrton abandonou um treino classificatório para salvar a vida de um piloto acidentado, mostrou-nos que para ser competitivo, não é necessário perder a compaixão para com seus adversários. Isto sem contar que sempre lutou para que a FIA (Federação Internacional do Automóvel) adotasse melhores condições de segurança nos carros de corrida.

Destaca-se que Senna, como todo ser humano, não pode ser considerado um deus, vez que, por diversas vezes, agira de forma, no mínimo, questionável nas pistas; assim como não se pode dizer que, sem dúvida alguma, foi o piloto brasileiro mais técnico de todos os tempos,  visto que, outros como Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet também foram tão geniais quanto Ayrton.

Em contrapartida, é impossível dizer Ayrton Senna não tenha sua importância para o Brasil, pois, ele mostrou para um povo acostumado com as derrotas, que era possível vencer várias vezes. Fato é que o brasileiro não considera Senna um campeão mundial de fórmula 1 qualquer, mas sim, a personificação do orgulho nacional. Via-se esse sentimento a partir de que, quando “o chefe” estava na pista, todo país paralisava para assistir às corridas e torcer por ele, que, diga-se de passagem, deve ser considerado, no mínimo, fora de série. Afinal, não é qualquer pessoa que consegue fazer quase todos os domingos, o que a Seleção Brasileira de Futebol faz somente de quatro em quatro anos.

Por estas e por outras que a morte de Ayrton Senna foi tão dolorosa para o país todo, pois, como fora dito, não era mais um piloto, era o orgulho nacional, que, quando perdido pelo ser humano, não resta quase nada senão a esperança acolhedora que a fé de Nosso Senhor nos propicia. Por tudo isto, acredito que seja justificável que consideremos todos os trinta e um dias do mês de maio uma celebração à vida do homem que deu a um povo cansado de sofrer, motivos para sorrir.

Texto de: Matheus Alcântara – Bacharel em Direito

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