Há um tempo alguém me perguntou: Você se considera um bom pastor? Pensei um pouco e respondi: Me considero mais um bom semeador. Entendo que palavras são sementes que certamente geram frutos de uma forma ou de outra naqueles que a ouvem.
Lanço minhas sementes sem escolher os solos; jogo o que carrego no coração e peço ao vento: – Dispersa de acordo com teu bem-querer o que entendi do amor divino. Os solos bons, receberão de bom grado a boa semente, já os solos inférteis, secarão a semente.
Assumo posicionamentos pouco ortodoxos muitas vezes e não tenho medo de perder reputação. Sigo firme em minhas convicções de fé.
Considero que diminuir o suplício do inferno, aceso por fariseus, já é suficiente. Já existe sofrimento demais.
Não tenho nenhum compromisso em defender pseudo deuses da religião ou da própria política, ou qualquer outra “divindade” que tente passar pelo Pai de Jesus.
Eu me inspiro no Jesus de Nazaré; degusto suas palavras e aceito sua morte como prenúncio de ressurreição. Desdobro assim o significado do texto: “Deus é amor”. E mesmo que minhas conclusões sobre seu amor me excluam de círculos bem aceitos do clero, terminarei meus dias distribuindo o trigo que guardo em minha aljava.