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ARANTINA COMPLETA 58 ANOS

Município é sede de um museu com grande acervo histórico regional

A cidade é uma das mais tradicionais da região, com destaque para grande valorização cultural e histórica. A área do atual município começou a ser habitada no decorrer do século XIX, quando estava sendo construída a Estrada de Ferro Oeste de Minas (EFOM). A ferrovia pretendia ligar o sul de Goiás a Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, passando por Barra Mansa (RJ), operando trens de passageiros e cargas. Em Arantina havia um entroncamento da EFOM com a Linha da Barra (nome derivado da cidade de Barra do Piraí), ligando Bom Jardim de Minas à linha de Barra Mansa, hoje extinta.

Um pequeno povoado surgiu às margens da estação ferroviária de Arantes, então situada no município de Mantiqueira (hoje Bom Jardim de Minas). Assim, por vários anos, o povoado que hoje é Arantina pertencia a Bom Jardim de Minas, como na espécie de arraial de Bom Jardim de Minas. O povoado era conhecido como Várzea do Paiol, uma vez que na atual sede do município existia um paiol utilizado para guardar o milho colhido pelo fazendeiro Juca Pereira, dono de grande parte das terras do município.

O povoado se consolidou com a fabricação de cerâmica. Dado o crescimento econômico, pela lei estadual nº 1058, de 31 de dezembro de 1943, cria-se o distrito subordinado a Bom Jardim de Minas, que recebeu seu nome em homenagem à estação ferroviária. Arantina emancipa-se pela lei estadual nº 2764, de 30 de dezembro de 1962, sendo instalada oficialmente em 1º de março de 1963.

DESTAQUE CULTURAL

O museu de Arantina é um dos acervos de maior destaque na região. Organizado e mantido pelo Instituto Cultural, Científico e Ecológico Ovídio Antônio Pires, possui um acervo com mais de 4.000 objetos de valor histórico, artístico e científico, além de 12.816 documentos, que fazem dele um dos mais importantes núcleos de saber do Sul de Minas e da Zona da Mata, destacando uma locomotiva de 1935.

As peças são colocadas de modo caótico, relembrando as antigas “vendas”, inclusive com os expositores originais da época.

Situa-se em um antigo armazém, construído possivelmente em 1914 e expandido em 1928, que pertenceu a Julieta e Rodrigo Marinho Pires. O telhado de uma parte do prédio é exposto, coberto pelas primeiras telhas fabricadas na cidade, retratando a memória de um passado industrial.

O instituto cultural, científico e ecológico Ovídio Antônio Pires, fundado em 16 de abril de 1999, na cidade de Arantina, e tem por objetivo gerir e manter um museu, uma biblioteca e zelar por duas chaminés, refúgio das andorinhas migratórias e representantes, também, da memória industrial do município.

Com sólidas ligações com Caxambu, o advogado Ovídio Antônio Pires, natural de Arantina, tem forte atuação no Direito do sul de Minas e Zona da Mata, tendo estado á frente por muitos anos como Secretário Executivo da AMAG – Associação da Micro Região do Circuito das Águas, auxiliando o Executivo de diversos municípios com aconselhamentos e assessoria jurídica.

 

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