
A coluna de hoje é com Leila Micollis – Acadêmica Correspondente
Nunca me arrependi (chamada à aventura?) de ter abandonado uma profissão segura por um ofício que nem legalizado é.
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No princípio, não era o verbo e nem o verso. Era a advocacia. Depois de exercer por 10 anos, abandonei a profissão para abraçar outra causa: a literária, o que resultou a princípio em muitos caminhos diferentes, porque não dava para viver no Brasil escrevendo só poemas e contos. Foi preciso reaprender a ver o mundo, a observá-lo melhor em múltiplos formatos: através das mentorias, dos debates, das palestras, das revistas em quadrinhos, do teatro, dos roteiros de novelas, do jornalismo cultural alternativo (na Biblioteca da Universidade da Flórida, em Miami, há um setor intitulado: “Leila Miccolis Brazilian Alternative Press”). O que quero dizer com isso é que multiplicidade não nos desfoca dos nossos objetivos, desde que alinhada com nossas metas; neste caso ela só acrescenta
Adoro esta imagem de julho de 2014. Não porque parece que estou escondendo meu rosto. Não! É porque estou toda atrapalhada em uma radiosa tarde chuvosa, com meu certificado debaixo do braço de pós-doutorado (Teoria Literária), uma bolsa maior do que eu, e um guarda-chuva gigante, tipo sombrinha leve (coloridíssima contrastando com o tempo cinza), e que devido à chuva aparenta estar como que iluminada, justamente como eu me sentia naquela tarde, ao descer a rampa da minha querida UFRJ. A foto é de @MonicaBhanderas.
Academia Caxambuense de Letras – março de 2022