A coluna de hoje é com Leandro Campos Alves, Presidente da Academia Caxambuense de Letras.
Autor do maior poema épico da literatura portuguesa “O Viajante”. Veja o prefácio de sua autoria para o livro Causos da Isa, da escritora Isa M. A. da Silva, Acadêmica Correspondente.
Viajar pelos contos da Autora ISA, é entrar de corpo e alma no passado, e sentir a essência da bucólica cidade do interior de Minas “Liberdade”. Seus contos nos descrevem cenários que nos faz sentir a presença do momento, é ouvir torremos pururucando em aromas e sabores a chapa do fogão a lenha, é vivenciar o amor de uma família guerreira, onde o patriarca era um eterno músico sonhador, e a matriarca uma mulher de personalidade forte, que não se fez de coitada nos caminhos da vida.
Construiu literalmente suas duas casas com as próprias mãos. Descobrimos a força da família e vivenciamos a alegria e as atrapalhadas dos filhos adolescentes, choramos com o amor e sorrimos com a união deles.
De um conto a outro, passeamos no caleio da Maria-Fumaça, doce lembrança de criança. Com a realidade entre a história e a estória, desfrutamos de contos ardentes, de amores profanos, de finais felizes e de uma visão impactante e verdadeira do valor da mulher.
Conhecemos o interior mineiro, mas também viajamos a Inglaterra, percorremos a Segunda-Guerra Mundial com a saudade do amor, e, aterrissamos em Curitiba. Em cada local descrito pela autora, em cada passagem vivida pelos personagens do livro, um conto leva a outro que exala a curiosidade para o próximo parágrafo.
Assim é viajar pelos contos de ISA, neste trabalho.
A AUTORA
A autora, já no outono da vida teve a ousadia de enveredar pelas trilhas da Literatura, às vezes passeando, outras escalando escarpas e hoje apresenta seus dois livros publicados.
O primeiro, de poemas e um conto autobiográfico, com o qual ela o inicia.
O segundo é uma homenagem à sua mãe e à cidade em que ela nasceu. A cidade por ela amada, sua cidade do coração.
Seus causos passeiam pela Inglaterra e Portugal, onde vive um personagem que parte para lutar na Segunda Guerra Mundial, deixando esposa e filha.
Voando, voando, ela aterrissa em Curitiba depois, cai em outro extremo, na Bahia em uma estória profana.
Já nas últimas páginas ela faz uma breve visita ao M.H.A.R. Museu Histórico e Arte Regional: Liberdade e sertão da Mantiqueira.
E lá, ela extrai, com a devida anuência do grande artista, pesquisador da UNESP e autor da ideia do Museu virtual, Prof. Dr. José Xaides de Sampaio Alves e constrói ali uma galeria de fotos, desenhos e croquis de casas, das fazendas de seus pais.
Academia Caxambuense de Letras – outubro de 2021