
Asas abertas, paira no ar,
majestoso gavião.
De repente, é flecha.
Em linha reta, desce certeira.
Bico pro chão, asas pra trás, presas ao corpo.
Próximo do chão, inverte o vôo.
Asas abertas, bico no ar, garras à vista.
Tudo é tão rápido, respiração em suspenso.
Sobe, novamente, o gavião.
Nas garras, a presa, o alimento garantido,
que se debate inutilmente.
Invade-me um misto de pena e admiração.
Mas sossego meu coração.
É a lei da sobrevivência,
a destreza, precisa, do caçador.
Academia Caxambuense de Letras – Agosto de 2021