Baependi

ATEG REVOLUCIONA CAFEICULTURA EM PROPRIEDADE DE BAEPENDI

Em Baependi, no sul de Minas, o médico pediatra Edson Libânio estava prestes a desistir da plantação de café. “Eu e minha esposa, Maria Aparecida, mais conhecida como Picida, resolvemos plantar café em nossa propriedade de 110 hectares. Mas, sem termos conhecimento técnico, não deu certo. Em uma área de cinco hectares, colhíamos no máximo 60 sacas em um ano.” Em julho de 2019, veio a oportunidade de receber a assistência do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), desenvolvido pelo Sistema
FAEMG/SENAR/INAES. De lá para cá, foram várias intervenções, que permitiram o aumento na produção.

“Colhemos 90, 130 sacas, que são repassadas a uma cooperativa. Os resultados foram tão positivos que estamos ampliando a produção sem investir muito.” O técnico do ATeG/Café, Leandro de Freitas Santos, explica que Edson já tinha testado varias técnicas em suas lavouras, mas sem sucesso. “Desde a chegada do ATeG, houve uma grande mudança na forma de conduzir a lavoura. Trabalhamos o cronograma técnico e de gestão da propriedade. Nos primeiros meses, eu já identifiquei quais áreas precisavam ser renovadas com podas e quais tinham capacidade de produção. Com isso, estabelecemos um planejamento da sua propriedade para safra 2019/2020.” A expectativa é que atinjam, brevemente, a média de 150 sacas ao ano. Diante dos resultados positivos, o produtor, animado, aumentou sua área, fazendo o plantio de nove mil plantas, alcançando sete hectares.

Qualidade

Segundo o produtor, o café colhido foi melhorando com o passar do tempo. Se antes, toda a produção resultava em bebida dura, “na colheita mais recente, toda saca foi de bebida mole. Chegamos a alcançar 86 pontos em uma das amostras. Todo o crédito é do ATeG. Somos testemunhas do bem que o técnico Leandro fez e faz para todos, especialmente aos pequenos produtores, como nós. O ganho em qualidade, quantidade, no controle e na avaliação do cafezal e, consequentemente, no incremento de nossa renda é imensurável.

Hoje temos uma lavoura lucrativa e que dá prazer de ver”. Entre as ações que permitiram o crescimento estão o trabalho em um terreiro suspensos e a construção de um secador alvenaria de baixo custo, seguinte
passos de um produtor da região, José Bento. “Por meio do ATeG, o produtor aprendeu a trabalhar com venda futura, coisa que ele nunca tinha ouvido falar. O termo refere-se à venda de 20% da produção, a fim de garantir equilíbrio de preços de venda.”, explicou Leandro.

Trata-se da negociação na data presente do valor que será pago na saca de café com data de vencimento no futuro.

“Tive oportunidade de visitar a propriedade recentemente e percebi a motivação e a satisfação do produtor, além da evolução no negócio. O que tivemos foi uma verdadeira revolução na propriedade, onde estão todos alinhados. Até mesmo o colaborador, que era um pouco resistente, não age sem saber qual é o posicionamento do técnico de campo.” – Henrique Frederico Santos, supervisor do ATeG Café na região Sul de Minas.

“É muito gratificante saber que um trabalho construído a várias mãos gerou um resultado tão positivo.” – Márcio Luiz Silva, Coordenador de Projetos – Gerência de Planejamento – Programa FAEMG+ Interior.

“O ATeG é um trabalho conjunto, que representa a possibilidade de crescimento para nossos produtores rurais” – Francisco Eugênio Ribeiro, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Baependi até dezembro/2020.

11/05/2021

Fonte: Aline Furtado
Assessora de Comunicação Sistema FAEMG/SENAR/INAES – Regional Juiz de Fora

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