ACADEMIA CAXAMBUENSE DE LETRAS
Maria Cristina Mallet Porto
A coluna de hoje é com Maria Cristina Mallet Porto- Acadêmica Correspondente
Das estrelas eu vejo
Das estrelas eu vejo uma imensidão, um Espaço infinito, uma escuridão,
Das estrelas eu vejo outras estrelas, astros, asteroides, planetas!
Das estrelas eu vejo distante, lá na ponta de uma Galáxia, um pontinho azul, tão pequenininho…
Vou pulando de estrela em estrela, até chegar perto!
Conforme me aproximo, aquele pontinho distante, vai crescendo, e sinto um imenso desejo de desvendar aquela esfera azul, que me parece cheia de mistérios, tantas são as diversas formas que se apresentam!
Meu coração bate mais forte e escorregando pelos raios solares, aterrisso no alto de uma imensa montanha. Olho ao redor e vejo mares, rios, montanhas, rochas, grutas, desertos, florestas, animais diversos, e lá bem longe, o que chamam de Humanidade! Seres Humanos! Fico curioso e vou naquela direção! Parecem interessantes, fazem várias coisas, cada um em um lugar, falam diferentes idiomas, roupas distintas, hábitos locais, caminhos diferentes.
Lembro que este pontinho azul, no canto da Galáxia chama-se Planeta Terra! A humanidade que lá habita, ouvi dizer, tem um potencial maravilhoso, uma essência criativa mas que na maioria dos casos, ainda dorme! E o que vejo me assusta, pois o Planeta está em alerta e parece que está difícil o acordar, o despertar e o agir desta humanidade, supostamente inteligente, mas com pouca Consciência! Percebo que fazem um movimento que beneficia a poucos, cada um para si mesmo e poucos para todos. É claro que cada um precisa cuidar de si para ser uma célula saudável, neste corpo planetário, que pulsa por todos! Mas, além de si, tem o coletivo e o planetário, como um único corpo, orgânico, em constante mutação! Por ora, poucos compartilham entre si, e ainda parecem brigar! Não percebem que o Planeta chora? Que as pessoas precisam uma das outras? Que são muitos os talentos e que se forem unidos terão muito mais força e resultado para todos? Impressiona-me este cenário que clama por entendimento, compreensão, e união! Bastaria abrirem os corações, estenderem as mãos, e dialogarem na Verdade, sem competição, mas cooperação, trocarem o ganha-perde, pelo ganha – ganha, para que o menos se tornasse mais.
Então, uma inspiração me toca! E se pudéssemos fazer com que esta humanidade levantasse a cabeça do próprio umbigo, olhasse para a frente, o outro, e depois para as estrelas? Quem sabe descobririam que o Universo é muito maior, o Propósito é muito maior, a Vida é muito maior? Vou voltar pelo mesmo raio de luz por onde vim, voltar para minha estrela de origem e contar o que vi. Quem sabe possamos, cada um de nós das estrelas, colocar uma chispa viva, no coração de cada Ser Humano, que acenda imediatamente a Centelha que lá repousa? Sabemos que nestes corações já foi plantada a semente do Amor! Então com Esperança, quem sabe esta chispa possa acender a chama!
Vamos, vamos fazer isto JÁ! O tempo urge, antes que não haja mais tempo! O tempo do não-tempo precisa agir ! Assim fizemos, e pedimos uma vez mais para Aquele que nos doou o Amor, acionasse o impulso da Vontade e da Força em todos os Seres!
Foi assim então, que por Amor, uma vez mais, a Luz se fez, e aquele pontinho azul pequenininho e distante tornou-se brilhante, imenso, dourado, um verdadeiro Sol irradiando Vida, Gratidão e Paz! Mal sabiam os humanos que as estrelas de onde vim, eram parte de seus próprios corações e que esta Luz, assim como Eu, sempre estivemos lá!
Academia Caxambuense de Letras – abril de 2022