Cultura e Lazer

RESULTADO OFICIAL DO PRIMEIRO “PRÊMIO LITERÁRIO ANTÔNIO MAURICIO FERREIRA”

A Diretoria da Academia Caxambuense de Letras, torna público o resultado do “PRIMEIRO PRÊMIO LITERÁRIO ANTÔNIO MAURICIO FERREIRA, Paraninfo Escritor Paulo Roberto Paranhos”.   Criado pela assembleia geral, de 27 de setembro de 2020, e retificada em 23 de janeiro de 2021.

Agradecemos a todos os participantes e apoiadores, que transformaram este Prêmio em um sucesso, e parabenizamos a todos os vencedores.

Atenciosamente:

Leandro Campos Alves

Presidente da Academia Caxambuense de Letras 19/21

Maria do Carmo Rodrigues

Vice-presidente da Academia Caxambuense de Letras 19/21

Diretoria e membros.

 

Primeiro Lugar: Mundano Homem (Maximiliano Augusto da Silva)

MUNDANO HOMEM

Ao materializar seus pensamentos

entre o que é palpável e abstrato

um ser de passos largos, tristes, lentos

tenta se definir, autorretrato.

 

Na mente mil palavras e argumentos

nos pés a elegância, o fino trato

que ao caminhar terrenos lamacentos

desfez com a esperança o seu contrato.

 

Rechaça o misticismo por clareza

se apega ao que é do mundo enquanto há vida

crendo no que se vê, no que é tangível

 

e refletindo a mundana frieza…

Ao passo que caminha acha incrível

ter uma vida a mais pra ser vivida.

 

Acadêmico Maximiliano Augusto da Silva

Virgínia MG

 

Segundo Lugar: Dois Lados* Claudia Lundgren)

 

Dois lados

O amor é afeto, é ternura;

é avalanche e furor.

Remédio, que ferida cura;

é faca afiada; é dor.

 

É o que dá sentido à vida,

também desespero que mata.

Desenha um sorriso na face,

mas faz escorrer uma lágrima.

 

Um gesto sincero de amor

traz ao doente esperança.

Porém, faz minguar o sadio,

através da frieza ou distância.

 

O amor é suor, é calor;

também faz a alma gelar.

Nenhum é capaz de aquecer:

chá quente ou grosso cobertor.

 

Dois lados da mesma moeda;

cruel, faz matar ou morrer.

Ironia; alegria e tristeza.

É risco: ganhar ou perder.

 

Acadêmica Claudia Lundgren

Teresópolis – RJ

Terceiro Lugar : Filhos da Floresta (Henrique Lucas de Souza)

 

Filhos das Florestas

 

Somos caboclos, plácidos, samambaias e beija-flores

Nossa consciência é bio-verde, essência das Florestas

Somos sangue da mesma Mãe da planetária América!

 

Somos Chico Mendes, naturalista, Mapiguari o defensor

Somos a flora e fauna, a melodia do sabiá cancionador

Defendemos com humildade e sabedoria a aldeia Brasil

Norteando nossos filhos em brio e vencendo os desafios

 

Somos as fibras da Terra que a natureza fez sua morada

Somos únicos neste chão que fertiliza riqueza e fumaças

Vamos defender este berçário, eliminando as queimadas

 

Somos das várzeas, igapós, terras firmes, o broto a crescer

Não nascemos órfãos, nem venais, não pretendemos sofrer

É tempo de plantar a poesia, na terra, nos olhos e coração

Somos a irmã Doroti o fervor da esperança, da flor do pão

 

Somos as raízes deste povo, na magia de sua cultura e cor

Foi Tupã quem nos criou e na sabedoria e paz nos batizou

Como filhos da floresta, da terra, do coração, da paz e amor!

 

Acadêmico  Hosane Henrique Lucas de Souza – Henrique Lucas

Município: Careiro.

Estado: Amazonas

 

Troca de Olhares (Pietro Costa)

Menção Honrosa pelo quarto lugar 

TROCA DE OLHARES

O olhar fugidio deixa rastros de saudade

Emoldura ritos e passagens das nossas vidas

Que transfigura as dores em cartas e poesias

Escreve-me com pétalas roxas de vivacidade

 

Retinas exaustas de prantear suas verdades

Retidas no medo de se verem repelidas

Forte anseio de libertar as próprias feridas

Tão abertas e expostas pelo cisco da vaidade

 

Que as lágrimas sinceras possam constelar estrelas

Florir nos seios dos corações ressentidos

Abrir os botões de rosas que se fingem perfeitas

 

Derrubar murros que se erguem contra sorrisos

Saber que nem tudo no espelho são bonitezas

Estilhaços desiludem e resgatam sentidos

Acadêmico Pietro Costa

Brasília-DF

 

Quinto: Tinta (Jonas Marinho)

Menção Honrosa pelo quinto Lugar

 

Tinta

 

Escorre de meus dedos um rio

negro que provoca calafrio

Sou tirano que decide o caminho

de sangue e lágrimas no pelourinho

 

Chuva forte no cerrado

manchando meu legado

As vozes saem da página

e me perseguem na surdina

 

Deixem-me em paz!

Não serei mais seu capataz!

Solto a caneta, a gritar:

O destino não sou eu a controlar!

 

Acadêmico Jonas Marinho.

Fortaleza – CE.

 

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