Economia e Negócios

VENDAS ONLINE: A POSSÍVEL SOLUÇÃO PARA OS EMPRESÁRIOS DO SUL DE MINAS

Como no país inteiro, quase todos os empresários de nossa região estão preocupados em encontrar soluções para contornar a crise econômica iminente acarretada pelas medidas de prevenção ao contágio e propagação da covid-19. Apesar de não haver nada que possa impedir completamente os prejuízos causados pela quarentena, certamente existem técnicas que, caso o empreendedor adote, farão com que, a curto prazo, o mesmo diminua seu déficit financeiro assim como poderão, no fim das contas, causar um aumento substancial de seus lucros.

Como todo empreendedor tem ciência, inicialmente devemos observar as necessidades dos clientes, isto é, conhecer de fato a demanda a qual se deseja suprir. Desta forma, em um primeiro momento devemos levar em conta as peculiaridades do consumidor brasileiro. Portando, vejamos:

Segundo matéria intitulada “10 características do consumo no Brasil em 2018, segundo a PwC” publicada no portal globo.com (https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2018/04/10-caracteristicas-do-consumo-no-brasil-em-2018-segundo-pwc.html), o consumidor está, cada vez mais, fazendo suas compras on-line.

Neste mesmo sentido, a matéria, intitulada “compra online é preferência de 74% dos consumidores brasileiros”  publicada no dia 15 de março de 2019,  pelo portal ecommercebrasil, aponta que quase um ano após a publicação da pesquisa da network de firmas PwC , restou constatado que a preferência pelas compras via internet aumentou ainda mais que no ano anterior.

Ou seja, considerando o aumento proporcional da preferência pela compra pela internet em relação aos anos de 2018 e 2019, podemos concluir que no presente ano, mesmo que a pandemia não tivesse existido, os clientes aumentariam ainda mais sua procura por produtos digitalmente.

Colaborando ainda com tal premissa  demonstrada nas referidas pesquisas, destaca-se o fato de que, mesmo antes de sermos atingidos pelo vírus, muitas das empresas, tidas como gigantes do mercado varejista, já vinham de um processo de adequação às necessidades consumeristas, investindo de maneira consistente nas melhorias das suas respectivas plataformas de vendas on-line.

Infelizmente, talvez por considerarem que os idosos constituem a grande parte dos cidadãos do sul de Minas Gerais e que, supostamente este grupo de pessoas prefira fazer compras presencialmente, muitos empresários da região, optaram por não acompanhar a tendência das grandes empresas, justamente por julgar tal atitude inapropriada para atender seus clientes.

Ocorre que com o advento do isolamento social, o consumidor deixou de ter a opção de fazer suas compra pessoalmente, assim como o empresário ficou impossibilitado de atender sua clientela in loco. Assim sendo, ambos os lados passaram a ter dificuldades para suprir suas necessidades o que determina que, também ambos se adequem à situação atípica.

Portanto, para os empreendedores da região, é essencial que passem a aprimorar, urgentemente, seu marketing digital, bem como suas plataformas e técnicas de vendas online, vez que está se tornou a única forma viável, que as empresas têm de alcançarem seus clientes.

É natural que tais médias causem receio, haja vista que ao aderir as vendas online, os empresários aumentarão infinitamente sua concorrência, vez que, correm o risco de disputar seu consumidor regional com os ditos gigantes do mercado.

Certamente as empresas dos grandes centros levam algumas vantagens em relação ao empreendedor de grande e médio porte da região, mas, definitivamente, também levam desvantagens das quais o empresário da região pode se utilizar para assegurar seus antigos clientes, bem como se consolidar de vez no mercado online. Vejamos:

A forma abrupta que o isolamento social ocorreu impediu que as pessoas se preparassem da maneira correta para o que estava por vir. Tal situação impediu que os consumidores pudessem fazer cessar as necessidades que já tinham antes da quarentena e que, após quase um mês desta, tais necessidades consumeristas tenham se tornado mais urgentes.

Sabe-se que o consumidor, que normalmente já se mostra impaciente para receber seus produtos, em situações de confinamento que fazem com que as pessoas fiquem sob estresse (veja que, impedir o ser humano de gozar de seu direito natural de liberdade, é a forma de punição mais usada para punir indivíduos que cometem crimes) é natural que esta impaciência normal do consumidor seja aflorada.

Ou seja, o consumidor quer receber o seu produto “para ontem” e o “para ontem” não pode ser cumprido pelas empresas de grande porte que dependem do serviço de entregas que faz com que o produto demore dias para chegar no cliente. Já a empresa regional, em tese não teria tais problemas, vez que, por estar perto dos clientes, não precisaria se preocupar tanto com os custos do frete, não precisaria de uma grande estrutura para organizar os pedidos, justamente por não ter tanta demanda quanto os gigantes do mercado.

Por fim, o pequeno e médio empresário regional que, além de estar próximo aos seus clientes e poder entregar seus produtos rapidamente ao destinatário final, ao contrário dos grandes, não necessitará de uma estrutura enorme para atender as demandas dos mesmos. Fato este que diminuirá o custo final das mercadorias. Fazendo com que aquela concorrência, até então desleal, se torne apenas mais um desafio do dia-a-dia de um empreendedor.

Matheus Alcântara – Bacherel em Direito

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