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RAFAEL PINTO FILHO – “TAÍ A MÁQUINA: FAZ O JORNAL”

Ao pensar em uma homenagem para o desportista Rafael Pinto Filho, que nos deixou na sexta-feira (19), diversas passagens me vieram na memória.

Desde uma inesquecível exposição que ele promoveu com fotos que resgatavam momentos históricos do esporte e do futebol de Caxambu, realizada na Caixa Econômica Federal; o trabalho com crianças e jovens na escolinha de futebol que ele iniciou no Crac; sua gestão à frente do clube Crac, o qual ele ajudou muito a ser o que é hoje; suas participações na gestão municipal como Secretário em governos passados; o amor incondicional pela família, filhos, netos; os diversos trabalhos comunitários que prestou ou sua carreira como funcionário da Caixa Econômica.

Poderia citar os nossos papos sempre que nos encontrávamos, sobre futebol (não sei por que ele sempre dava aquela risadinha quando perguntava do meu Guarani); da disponibilidade em ir em programas de rádio e Tv local que eu apresentava, dos quais participou diversas vezes, falando de futebol e especialmente da história do futebol de Caxambu; ou ainda se esta pequena homenagem poderia ser pra relembrar que o Rafaelzinho, como sempre será lembrado, era um craque de bola, jogava muito bem, amava futebol, fez muito pelo esporte da cidade e região.

Mas enfim, minha homenagem vai ser bem mais simples. Quase imperceptível para o público em geral, um momento pessoal.

Lá por volta de 1999 ou 2000, não me recordo bem, eu ainda produzia este jornal TRIBUNA no papel. Era meu ganha pão. E toda redação do mesmo, naquele tempo com edições quinzenais, era datilografada. A máquina que eu usava, elétrica, chique para época, estava com defeito. Ia atrasar toda a edição!

Só que não. O Rafaelzinho, ele mesmo, nosso já saudoso Rafael Pinto Filho, que anunciava no jornal uma empresa de informática que mantinha com um do seus filhos, o Edson Henrique, quando soube do ocorrido, foi rapidamente buscar uma máquina antiga que tinha, excelente por sinal…e falou: “Se é por falta de máquina, tá aí…faz o jornal”.

Falar mais o que? Esse era o Rafael, que ficou muito bravo comigo, isso num outro momento, por eu não ter ido, devido a compromissos, lá no campo do Crac ver de perto o também saudoso Zé Carlos, médio volante craque de bola, que foi do Cruzeiro, mas fez história no meu Guarani, comandando o time campeão de 78.

Não sei se todos os fatos aqui listados estão exatos. São memórias, muitas já gastas pelo tempo. Mas são sinceras!

Vai Rafael, descansa. Seu legado está no coração de todos, de um jeito ou de outro.

Texto: Sérgio Monteiro – jornalista 

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