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OPINIÃO – BIÓLOGO REAFIRMA MEDIDAS PARA EVITAR CORONAVÍRUS

Os vírus da família do Coronavírus possuem uma estrutura extremamente primitiva e muito frágil. É apenas um filamento de RNA envolvido por uma película lipoproteica, ou seja, uma fina membrana esférica de gordura e proteína, muito fina e que não é eficiente contra a desidratação e nem como isolante térmico. Ao ar livre o vírus desidrata, seca e morre.

Ele necessita sair do doente infectado e entrar pela boca, nariz ou olhos da vítima sadia e assim infectar mais um e causar a doença nele.

Já foi constatado que esse vírus se mantém vivo por algumas horas fora do corpo do doente e esse tempo de vida vai depender de onde esse vírus caiu após ter saído do corpo do doente.

Se esse vírus cair em um local exposto à luz solar, ele morre em minutos; se for sob o sol do meio dia, morre em 2 ou 3 minutos; ele não suporta os raios ultravioleta e também desidrata rapidamente se tomar a luz do sol diretamente. Em tempo nublado dura um pouco mais, talvez até uns 15 minutos.

Se esse vírus sair do doente num lugar sem luz solar incidindo diretamente nele, um local sombreado como dentro de casa ou dentro de algum veículo e o vírus cair sobre papel, madeira, roupas e cabelos, ele sobrevive por 6 horas.

Se o vírus cair sobre superfícies lisas, sombreadas e frias como vidro, mármores, azulejos, metais lisos, ele sobrevive por 12 horas.

Mesmo sendo muito pequenos os vírus possuem algum peso e a tendência é cair assim que saem numa tosse, num espirro ou simplesmente uma pessoa falando está batendo a língua no céu da boca e nos dentes e isso vai espirrando gotículas invisíveis cheias de vírus que saem da boca. Mesmo apenas a respiração do doente já é suficiente para liberar vírus no ar.

Estratégias explorando as fragilidades do inimigo:

  1. Isolamento social.

Fundamental isso.

As pessoas não devem se aproximar. A pessoa infectada pode não apresentar sintomas, mas está produzindo trilhões de vírus em seu organismo e esses vírus saem pela respiração dela.

  1. Higiene correta.

Ao usar um transporte público durante uma epidemia, é 100% certeza que em suas roupas e cabelos existem vírus vivos da doença e se apenas (1) um desses vírus atingir as mucosas dos olhos, boca ou nariz, a pessoa será infectada.

3 – Cuidados com as mãos outros

Tendo consciência disso, não passar os dedos nos olhos, na boca e nem no nariz.

Chegar em casa e não tocar em nada e nem em ninguém antes de lavar as mãos.

Retire a roupa que usou e pendure num local de pouco movimento e deixe a roupa lá por no mínimo 8 horas. Lembre-se que sobre a roupa os vírus ficam vivos por 6 horas. Você pendura as roupas à noite e de manhã os vírus já estarão mortos e você poderá usar essas roupas novamente mesmo que não tenham sido lavadas.

Lave os cabelos. Não vá dormir com os cabelos infectados. O vírus é altamente sensível ao pH básico do sabão, sabonete, detergente; o shampoo não é muito eficiente pH quase neutro, use sabonete nos cabelos, é melhor.

Ao tocar maçanetas, torneiras ou qualquer superfície lisa onde outras pessoas tocaram antes, em seguida não toque nos olhos, nariz nem boca, lave as mãos o quanto antes.

Mantenha sua casa restrita à sua família mais íntima, não receba visitas durante a quarentena. Não adianta você tomar todos esses cuidados se as visitas não fizerem o mesmo.

  1. O que usar

O vírus é altamente vulnerável a qualquer desinfetante, água sanitária e com destaque o álcool etílico porque esse pode ser aplicado sobre a pele, mas os outros não. As autoridades recomendam a população o uso do álcool gel 70° que contém 70% de álcool e 30% de água, recomendam esse porque esse não é explosivo.

5- Observações finais:

Esse vírus possui uma capacidade infectante extraordinária, esse é o ponto forte dele, porém a doença que ele causa tem baixo índice de mortalidade se comparado aos piores vírus que existem.

Vírus da raiva: taxa de mortalidade de 99,9%.

Vírus Ebola: taxa de mortalidade de 66%.

O vírus SARS-Cov 2 que causa a doença CoVID-19 tem taxa de mortalidade de até 20% em idosos com doenças pré-existentes, diabéticos, hipertensos, cardíacos, asmáticos, aidéticos, pessoas em tratamento de câncer e principalmente transplantados imunodeprimidos.

Em adultos a taxa de mortalidade é de apenas 2%, morrem principalmente os fumantes; em crianças a taxa de mortalidade é praticamente zero % com raríssimas exceções.

Seleção natural:

Assim como ocorreu na epidemia pelo vírus H1N1 a gripe suína, todas as pessoas pegaram o vírus, a maioria desenvolveu anticorpos e daí em diante ficaram imunes a essa doença.

Esse vírus SARS-Cov 2 que causa a doença CoVID-19 vai atingir todas as pessoas; quase todos desenvolverão anticorpos e ficarão imunes.

Porém nesse processo é necessário conter a velocidade de disseminação do vírus porque se pegar em todos de forma rápida e no mesmo período, o sistema de saúde não dará conta de socorrer 20% da população de idosos e 2% da população de adultos.

Que todo mundo vai se infectar com esse vírus é certeza, as medidas restritivas que estão sendo tomadas são apenas para desacelerar a transmissão.

Sobreviverão os mais fortes e mais sadios, morrerão os mais fracos e mais doentes, a natureza funciona assim e não há como mudar isso.

 

Redação de: Luiz Augusto Vassoler

– Biólogo –

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